tag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post8107115783079373325..comments2024-03-04T08:18:16.636+00:00Comments on Portugal for Ron Paul: Série "Internacionalismo é" IIIUnknownnoreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-38989361051093978122007-10-02T17:12:00.000+01:002007-10-02T17:12:00.000+01:00"Fukuyama demonstrou que as democracias liberais t..."Fukuyama demonstrou que as democracias liberais tendem a não se guerrear entre si pelo que, em teoria, se a democracia liberal se alargar a espaços cada vez maiores, diminuirão as probabilidades de guerra no SI. "<BR/><BR/>"Não demonstrou não. O proprio FUuuyama abandonou o barco idealista."<BR/>-----------<BR/><BR/>Não diria que abandonou o barco idealista. Na verdade, Fukuyama nunca esteve nele. Mas, neste assunto, a palavra chave não é "democracia" (os regimes democráticos são tão propensos a guerras como quaisquer outros), mas "liberais".Quizzerhttps://www.blogger.com/profile/08792689256403421544noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-50189110963735878392007-10-02T12:02:00.000+01:002007-10-02T12:02:00.000+01:00De resto é paradoxal que o cn revire os olhos e ex...De resto é paradoxal que o cn revire os olhos e exclame "Oh, meu Deus, quando é que deixam as populações tratar dos seus regimes...", porque com este blogue está justamente a fazer o contrário:<BR/>Está numa causa internacionalista por uma ideia e está a meter-se num assunto que só diz respeito à população americana, segundo o seu próprio racional.<BR/><BR/>Como resolve o paradoxo, cn?Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/18244234150940620081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-86901188282329968492007-10-02T11:55:00.000+01:002007-10-02T11:55:00.000+01:00Caro cn, se não acredita na correlação entre democ...Caro cn, se não acredita na correlação entre democracia liberal e paz, pode você próprio fazer as contas.<BR/>Os dados estão disponíveis.<BR/>As democracias liberais tendem a não entrar em guerra ENTRE SI (note as maiusculas) limitando os conflitos a gesticulações que, tanto quanto me lembre, assim a voo de pássaro, nunca descambaram em guerra.<BR/>Não se pode garantir que seja uma lei escrita em pedra, mas até ao momento tem uma razoável confirmação.<BR/>É capaz de provar o contrário?<BR/><BR/>Ah, e não vale chamar "democracia liberal" à Alemanha de Bismarck, ou ao Império napoleónico...<BR/><BR/>É que quando garante que a Alemanha nazi e o Japão da "esfera de coprosperidade" eram democracias liberais, pergunto-me se estamos a usar os conceitos com igual significação, ou se avançamos pela novilíngua.<BR/><BR/>"Oh, meu Deus, quando é que deixam as populações tratar dos seus regimes..."<BR/><BR/>Quando isso não nos aquecer nem arrefecer.<BR/>Quando o nosso interesse não estiver em causa.<BR/>Não é uma questão moral, não há aqui imperativos categóricos. Não se pode deixar a população do Irão tratar do seu próprio regime, porque está em causa o interesse do espaço civilizacional a que pertencemos.<BR/>Você também.<BR/>No dia em que um aiatola lhe apontar um míssil à cabeça, verá que não é a mesma coisa...Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/18244234150940620081noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-5083979738912090972007-10-02T09:54:00.000+01:002007-10-02T09:54:00.000+01:00"considerações sobre a natureza de regimes como o ..."considerações sobre a natureza de regimes como o iraniano, sírio, russo, chinês, etc.,"<BR/><BR/>Oh, meu Deus, quando é que deixam as populações tratar dos seus regimes...<BR/><BR/>E depois, uma coisa é criticar, outra é plnatar basesCNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-56005572528040814492007-10-02T09:52:00.000+01:002007-10-02T09:52:00.000+01:00"Além disso a democracia foi “exportada” à força p..."Além disso a democracia foi “exportada” à força para a Alemanha e para o Japão,"<BR/><BR/>A Alemaha já era constitucional há muito tempo (voto universal desde 1871). A Austria também o tinha. Com o poder descentralizado de forma federal.<BR/><BR/>O Japão já tinha um orgão parlamentar.<BR/><BR/>Ambas as Nações nas suas regiões, contam-se entre as que mais antigas, culturais, etc...CNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-60642497872880769492007-10-02T09:47:00.000+01:002007-10-02T09:47:00.000+01:00"Fukuyama demonstrou que as democracias liberais t..."Fukuyama demonstrou que as democracias liberais tendem a não se guerrear entre si pelo que, em teoria, se a democracia liberal se alargar a espaços cada vez maiores, diminuirão as probabilidades de guerra no SI. "<BR/><BR/>Não demonstrou não. O proprio FUuuyama abandonou o barco idealista.<BR/><BR/>Guerras democráticas:<BR/><BR/>- Napoleão<BR/>- Guerra Civil Americana<BR/>- Canal Suez<BR/>- A Primeira Guerra MundialCNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5687839374713938663.post-69045030359359703542007-10-02T09:37:00.000+01:002007-10-02T09:37:00.000+01:00Meu caro, em relações internacionais, o “realismo”...Meu caro, em relações internacionais, o “realismo” é uma doutrina que considera que os estados devem agir apenas por interesses e que as relações de poder se regem pela mecânica da carambola, sendo negligíveis as considerações sobre a idiossincrasia das sociedades, o modo como se organizam e como se vêm a si próprias e ao outros.<BR/>A China é o exemplo actual deste tipo de "realismo" em sentido estrito.<BR/><BR/>Tb nos EUA, e na Europa muita gente acha que o comportamento “idealista” em que parece assentar a actual política externa americana, está errado.<BR/>Pensam estes “realistas” que só o realismo trará a paz, especialmente se forem os EUA a agir de acordo com essa escola.<BR/><BR/>Infelizmente a realidade nunca cumpre as expectativas dos altos ideais dos alados habitantes de estratosfera.<BR/><BR/>A memória histórica prende-nos a factos brutais: no período áureo do realismo, não houve um único dia em que não estivesse a decorrer algures uma guerra (Coreia, Vietname, Israelo-árabes, Afeganistão, África, Irão-Iraque, Falkland, Nicarágua, etc.) A ordem realista não impediu o terrorismo esquerdista na Europa nem a ameaça de aniquilação total que pendia sobre a humanidade. Também não impediu uma implacável corrida às armas, e o crescimento, bem antes de existir o pretexto “Estado de Israel”, da ideologia que sustenta o chamado renascimento islâmico e que constitui o alimento espiritual do terrorismo islâmico<BR/><BR/>Em matéria de guerras e conflitos, na verdade pouco mudou, excepto o facto de que agora morre menos gente e não se coloca a ameaça de aniquilação total, uma vez que o “Império”, na equívoca designação da esquerda, já demonstrou que não usará o poder nuclear de forma leviana (e demonstrou-o numa situação limite, quando era monopolista da bomba e se viu à beira da derrota na Guerra da Coreia) e os seus opositores não tem hoje ainda capacidade para o fazer.<BR/><BR/>Vistas as coisas com alguma frieza, a ordem idealista parece portanto ter alguns méritos e estes são ainda mais evidentes para aqueles que, como nós, partilham o espaço civilizacional da hiperpotência.<BR/><BR/>No caso do Iraque, estes realistas strito senso, consideram que a tentativa de os EUA “exportarem” a democracia, é uma posição “idealista”, e rejeitam-na.<BR/><BR/>Ora a verdade é que há uma forte correlação entre a democracia liberal e oportunidades de paz no SI, e Fukuyama demonstrou que as democracias liberais tendem a não se guerrear entre si pelo que, em teoria, se a democracia liberal se alargar a espaços cada vez maiores, diminuirão as probabilidades de guerra no SI. <BR/><BR/>Além disso a democracia foi “exportada” à força para a Alemanha e para o Japão, e a verdade é que se logrou a transformação de duas milenares nações guerreiras em democracias bem sucedidas que não parecem especialmente vocacionadas para se envolverem em guerras de expansão num futuro próximo.<BR/><BR/>Faz pois bastante sentido fundar uma estratégia na noção de que alargar o espaço democrático é do interesse dos EUA (e também nosso) e é racional que um país como os EUA, duramente golpeado em função do anterior “status quo” entenda que ele não lhe serve e tente aproveitar o poder que num determinado momento acredita possuir para o alterar.<BR/><BR/>Durante o processo que desembocou na invasão do Iraque, Bush disse que ” um Iraque livre poderá mostrar o poder da liberdade para transformar aquela região vital”.<BR/><BR/>Ao pretenderem expressamente democratizar o arco islâmico, os americanos não estão a ser motivados por românticos messianismos democráticos, mas a tentar levar à prática uma visão que, se bem sucedida, fará evoluir a região para paradigmas susceptíveis de secar as raízes culturais e políticas do terrorismo islâmico, contribuindo para um SI mais pacífico, numa zona vital para a economia mundial<BR/>Estão a PROSSEGUIR OS SEUS INTERESSES.<BR/><BR/><BR/>Claro que esta estratégia pode falhar. Os EUA não são omnipotentes E muita gente, parece deliciar-se com a perspectiva. O que é pouco “realista” porque se isso acontecer, não se pode razoavelmente concluir que os nossos interesses fiquem melhor defendidos.<BR/><BR/>Por outro lado, a ideologia que suporta o terrorismo islâmico depende menos do que os americanos fazem (as políticas) do que aquilo que são (os valores). Os responsáveis da Al-Qaeda dizem-no claramente nas múltiplas exortações à “Umma”, e são também meridianamente claros na ideia de que nomear os EUA como inimigo universal e exterior é uma estratégia que visa cimentar a união entre os diversos grupos que dela se reclamam subsidiários e que têm, quase todos eles, agendas nacionais próprias, pelas quais se poderiam chocar entre si.<BR/><BR/>Os realistas retintos, por vezes balançam entre conceitos.<BR/><BR/>Por um lado entendem que as políticas do “império” catalizam o terrorismo, por outro acham que a luta contra o terrorismo deve ser ideológica e não militar.<BR/><BR/>Emerge daqui uma fundamental contradição que os realistas têm claras dificuldades em superar<BR/><BR/>Se se entende que o fenómeno do islamismo se deve combater à “la longue” principalmente no campo das ideias, lutando pela conquista dos “corações e das mentes”, então não se deviam condenar como “idealistas” as estratégias que visam exportar a ideia de "democracia" para que ela ocupe o lugar das ideias radicais islâmicas.<BR/><BR/>Não se pode combater uma ideia sem ser com outra ideia.<BR/><BR/>Porque se se achar que não é possível, e que todos os valores são iguais, adentramo-nos perigosamente nos descampados do relativismo cultural e só nos resta limitar danos, tendo de lidar com esse tipo de sociedades (e com as comunidades já instaladas no nosso espaço) com o instrumental acomodatício e subserviente da “realpolitik”.<BR/><BR/>O realismo não tem uma história de sucesso.<BR/><BR/>Foi o facto de ver o mundo segundo este prisma que levou Henry Kissinger, em 1977, a garantir que “hoje, pela primeira vez na nossa história, enfrentamos a dura realidade de que o desafio do comunismo é infindável” pelo que os "desafios revolucionários contra estados comunistas são pragmaticamente imprudentes porque bloqueiam o caminho para um ajustamento "realístico" sobre a resolução de disputas regionais"<BR/><BR/><BR/>Reagan, escandalizando o “establishment” realista, mandou às malvas as precauções "realistas", catalogou o mundo comunista de “Império do Mal” e forçou-o a entrar num desafio que conduziu à sua implosão.<BR/><BR/><BR/>Hoje é o apaziguamento realista que faz com que alguns países da Europa e a actual esquerda eurábica achem que o inimigo a conter são os EUA e não os actores agressivos de outros espaços civilizacionais.<BR/><BR/>A suprema ironia é que, antes do 9/11, a Administração Bush era tudo menos wilsoniana, (ao contrário de Gore que assumia o internacionalismo idealista americano). Quem quiser rebuscar a imprensa da época recuperará o “berreiro” que se fez ouvir na Eurábia quando Bush, ainda antes de ser Presidente, admitiu a possibilidade de retirar dos Balcãs. A acusação que fazia manchetes era a de que a América estava a caminhar para um perigoso isolacionismo fugindo às suas responsabilidades de única potência capaz de colocar ordem no SI.<BR/><BR/>Agora o berreiro é no sentido inverso, mas no fundo haverá sempre berreiro .<BR/><BR/><BR/>Embora os realistas agora achem que antes do 9/11 a política da América era mais razoável e “benigna”, isso não a livrou de sofrer um 11 de Setembro, e inúmeros outros ataques na década anterior. E há que reconhecer que assim que passaram a ser “arrogantes”, afastaram o campo da batalha do seu território e dos seus civis, obrigando o inimigo a dar batalha no terreno escolhido pela América. <BR/><BR/>Por outro lado, não deixa de ser paradoxal que os recém convertidos a um realismo hemiplégico, se abstenham de tecer considerações sobre a natureza de regimes como o iraniano, sírio, russo, chinês, etc., mas se derramem em abundantes juízos de valor sobre questões internas e ideológicas, dos EUA sendo particularmente acerba relativamente aos chamados “neocons”.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/18244234150940620081noreply@blogger.com