18.10.07

Freedom Under Siege (8)

“A tentativa de acabar com a pobreza, em nome da moral, destrói a livre iniciativa e provoca a deterioração das condições económicas. As leis de Rendimento Mínimo promovem o desemprego e os subsídios ao terceiro mundo não passam de injecções de capital para a banca de Nova Iorque e para ditadores estrangeiros.
É uma constatação óbvia: “legislar a moral”, como afirmam os conservadores, é um fracasso absoluto e deve ser renegado. A esquerda “altruísta”, embora bem intencionada, cria mais problemas do que os que resolve – tudo em nome de uma obrigação moral de ajudar os menos afortunados. Eles não se interrogam sobre porque uns são menos afortunados do que outros e nunca colocam a hipótese da causa ter sido uma anterior intervenção governamental e, logo, não poder ser a solução, por mais bem intencionadas que sejam as suas motivações.”

Freedom Under Siege, página 29

Ao esquecer as características únicas de cada indivíduo, a esquerda acaba por cair sempre no mesmo erro, assumindo que tudo o que de bem e de mal nos acontece é apenas fruto das circunstâncias externas. Se criamos riqueza, foi porque "nos" criaram condições para tal, pelo que os nossos feitos não têm valor individual. Se nada temos, pela mesma ordem de ideias, é a sociedade a grande culpada e cabe-lhe corrigir essa situação. Esta visão do mundo destrói qualquer conceito de responsabilidade individual e, por arrasto, qualquer incentivo para agir. Por isso, o passo seguinte dos regimes proto-socialistas acaba sempre por ser a perda de liberdades e a opressão, pois ao destruir o incentivo natural para a produção, só o chicote poderá mover a sociedade - e, normalmente, rumo a um objectivo traçado pelo Grande Líder.

2 comentários:

CN disse...

O fantástico livro de Charles Murray (um estudo estatistico como tanto se gosta) mostra precisamente isso (quanto ao rendimento minimo)

Vou ver se selecciono umas passagens, vou ter de as transcrever.

Miguel Madeira disse...

"a esquerda acaba por cair sempre no mesmo erro, assumindo que tudo o que de bem e de mal nos acontece é apenas fruto das circunstâncias externas."

E a direita não cai no erro oposto - assumir que tudo de bem e de mal que nos acontece é fruto das nossas circunstancias individuais?