A demência da criação de moeda para conceder crédito (II)

... para resolver os problemas da demência da criação de moeda para conceder crédito.

A propósito das recentes gigantestas "injecções de liquidez" por parte dos Bancos Centrais (termo apropriado, o sistema monetário comporta-se como um junkie em estado terminal, sempre à procura de aumentar a dose...até...à overdose).

Mises (muito antes de Friedman):

"The course of a progressing inflation is this: At the beginning the inflow of additional money makes the prices of some commodities and services rise; other prices rise later. The price rise affects the various commodities and services … at different dates and to a different extent. This first stage of the inflationary process may last for many years. While it lasts, the prices of many goods and services are not yet adjusted to the altered money relation. There are still people … who have not yet become aware of the fact that they are confronted with a price revolution which will finally result in a considerable rise of all prices. These people still believe that prices one day will drop. Waiting for this day, they restrict their purchases and … increase their cash holdings.

But then finally the masses wake up. They become suddenly aware of the fact that inflation is a deliberate policy and will go on endlessly. The crack-up boom appears. Everybody is anxious to swap his money against "real" goods, no matter whether he needs them or not, no matter how much money he has to pay for them. Within a very short time … the things which were used as money are no longer used as media of exchange. They become scrap paper.”

PS: Mas o problema não passa só - nem tem apenas de se manisfestar sequer com - a subida de preços. Num período de crescimento da massa monetária para criação de crédito ao investimento, os efeitos são até mais invisiveis. Acumulam-se em "mal-investment" não suportado por poupança real, já que o crédito só foi possível devido à criação artificial de moeda e não à disputa de poupança real existente na economia. Parece-me sempre incrivel que este simples postulado ainda seja negado ou ignorado por uma boa parte da teoria económica, tirando os "austriacos"...como RON PAUL.