20.12.07

O Banco de Portugal como especulador

...com o "nosso" ouro.

Noticia (negocios.pt):"Ouro representa mais de 90% das reservas do Banco de Portugal".

O que parece é que estão a arranjar mais uma boa desculpa para vender mais. Em 2000 as reservas de ouro eram cerca de 600 toneladas. Hoje são só apenas cerca de 380!!

Durante esse período o Ouro subiu de cotação de 280 Euros/onça para 550 Euros/onça (ou 18 000 Euros / Kg).

O Banco de Portugal, grosso modo terá vendido 220 toneladas de ouro a um preço médio inferior a 350 euros (cerca de 11 454 Euros / Kg) . Lembro-me que num dos "press releases" de justificação se dizia qualquer coisa como "o preço actual éespeculativo"...pois, a 350 Usd/onça...depois subiu para 550 Euros / onça.

Quem especulou foi o BdP (aliás como outros Bancos Centrais imprudentes).

Vamos analisar a perda:

220 toneladas * (11 454 Euros/Kg - 18 000 Euros/Kg) = 1 440 000 000 Euros !!!!!

Alguém fala no assunto? Não. O BdP fará comentários lacónicos sobre necessidade de "diversificação". O que fica da sua tirada sobre "preço especulativo do ouro"? Um desaire completo.

A minha satisfação como "gold bug" é que as vendas efectuadas por todos os Bancos Centrais prestam-se precisamente a ter o efeito contrário. Quanto mais ouro estiver disponivel na economia privada, mas depressa o ouro recupera a sua função monetária (que nunca perdeu, de resto).

Os Bancos Centrais já detiveram cerca de 2/3 do total do ouro disponível. A maior parte deste ouro foi simpesmente confiscado à população. Um acto de roubo em massa. Sabemos como todos os crimes em massa se transformam em "Razão de Estado". Seja o assassínio em massa em guerras ou a confiscação de propriedade em massa.[Coisas do Monopólio do Direito (é que, dizem os minarquistas, sem o Monopólio do Direito por parte do Estado não existe Direito...).]

Hoje, esse peso aproxima-se de apensa 1/3. E parece que querem vender mais. Óptimo. È aproveitar para trocar pedaços de papel emitidos/fotocopiados por burocratas (cujo valor reside apenas na sua característica compulsória) por aquilo que foi escolhido livremente pela civilização desde há milénios.

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