O difícil na argumentação contra um dado buildup de um potencial confronto bélico é que quem a tenta construir é obrigado a colocar-se na posição de evidenciar nuances, decortinar meias verdade (algumas rotundas falsidades), pôr em causa dados oficiais, contrapôr a história contra a hitória, etc... e isso nunca é muito famoso no meio de um ambiente de hipersensibilidade securitária e apelos morais-ideológicos. Mais tarde ou mais cedo é jogada a cartada do pouco patriota, do "appeasement em Muniche (o que nunca fazem é recuar à Grande Guerra), etc. Os "democratas" tendem sempre a subavaliar o quanto é fácil construir um ambiente de buildup. Os próprios conflitos costumam ser muito populares no seu início - ver as conhecidas afirmações de Goering*, no final do post (Na G.G. todas as capitais da Europa assistiram a grandes manifestações de entusiasmo patriótico em ambos os lados. As próprias esquerdas progressistas de cada um deles a apoiavam). Essa perda da noção de nuances (do tipo que no pré-Iraque se ignoraram as diferenças sectárias pensando que se iria transformar numa Federação Suiça) poder ser sempre utilizada em proveito. É fácil. Vou dar um exemplo:
Nos EUA (ontem): "Gen. Peter Pace, chairman of the Joint Chiefs of Staff, caused a stir at a Senate hearing Wednesday when he said he believes homosexual activity is immoral and should not be condoned by the military."
"...U.S. Military Code of Justice prohibits homosexual activity as well as adultery."
OK, sempre é diferente do que dizer que "não existem" embora as traduções não costumem ser famosas ("destruir Israel" versus "regime apagado das páginas do tempo", como se não existissem já coisas a criticar totalmente claras... mas é com isto que Bush oficialmente na televisão avisa contra um novo Holocausto...mais um sinal...). Mas ter em conta este comentário:http://www.takimag.com/blogs/art...ism_and_sodomy/ The National Post opines: “Of all the provocative things for the Iranian president to say in his rambling address, the strangest has to be his contention that there are no gay people in Iran.”
"Yet not so strange, if you understand his point of view. In Iran, you see, homosexuals are thought of as women trapped in male bodies. That’s why they offer free operations for those who want to change their sex (from male to female, that is. Women into men would be too much for them to handle.) In the Persian mindset—and in much of the Muslim world—anyone who wants a man is, in essence, a woman. That’s why there’s so much more sodomy in that part of the world than even in certain English boarding schools—coupled with unrelenting hostility to homosexual identity. After all, if women are veiled and generally unavailable, and, furthermore, men who have sex with men are perceived by the Persians as really women, then ... well, why not? So, it’s a trade-off: the Persian gay boy gets laid by a lot of “straight” guys, but unless you’re willing to (literally!) become a eunuch, you’re taking a really really big risk."
* Herman Goering at the Nuremberg trials:"Of course the people don't want war. But after all, it's the leaders of the country who determine the policy, and it's always a simple matter to drag the people along whether it's a democracy, a fascist dictatorship, or a parliament, or a communist dictatorship. Voice or no voice, the people can always be brought to the bidding of the leaders. That is easy. All you have to do is tell them they are being attacked, and denounce the pacifists for lack of patriotism, and exposing the country to greater danger."
2 comentários:
Em relação a este assunto vale a pena ver o documentário "War Made Easy - How Presidents and Pundits Keep Spinning us to Death":
http://www.warmadeeasythemovie.org/
É íncrivel como se repete a retórica nos diferentes conflitos armados envolvendo os EUA e não só, desde a 2ª GM.
O Goering deixou discípulos.
Também por isto, Go Ron Go!!!
Esse não é um problema dos EUA. è um problema geral.
Eu diria que não fosse o regime dos EUA, e tudo ainda seria pior (isto é, imaginando outra Nação com o seu poder militar).
Os EUA passam como outros antes deles (ingleses, romanos, gregos) pelo mesmo processo, de resto antecipado desde muito cedo pela "old right" de que Ron Paul apenas reaviva.
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