Há um fenómeno curioso na candidatura de Ron Paul, que em muito extravasa os limites da eleição americana, e que é, na perspectiva de quem vê a contenda à distância e não pode participar na eleição, o mais interessante de tudo: a quantidade imensa de sites de apoiantes de Paul, espalhados praticamente por todo o mundo, dos lugares mais distantes aos que nos estão mais próximos. Não me lembro de fenómeno semelhante em eleições passadas, nem com candidatos americanos, nem de outros países com dimensão mediática universal, como não creio que nenhum outro candidato tenha provocado semelhante movimento de entusiasmo transnacional. A explicação, a meu ver, é evidente: um pouco por todo o mundo, as pessoas estão saturadas dos políticos e das políticas do costume, do cinzentismo das ideias, da repetição dos chavões, das fórmulas costumeiras para resolver os problemas habituais, que só têm vindo a agravar-se. Ron Paul surge com ideias politicamente fora do comum, claras e concisas: defende a liberdade das pessoas e questiona o excesso de poder público e o intervencionismo do governo. É disto que, um pouco por todo o lado, o cidadão comum sente falta.
27.9.07
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