2.10.07

Freedom Under Siege (2)

“O aumento do controlo exercido pelo Governo sobre as nossas vidas é, em simultâneo, causa e consequência da desresponsabilização dos cidadãos sobre si mesmos. O fracasso é hoje raramente assumido como uma inadaptação do indivíduo; cabe à sociedade e ao meio envolvente a culpa de todos os problemas.”

Freedom Under Siege, página 16

Do que nos esquecemos é que um Estado que se assume como Pai, depressa nos trata como crianças. Daí a a tirar-nos a mesada e pôr-nos de castigo por não fazermos o que ele quer, vai um passo (que é dado todos os dias).

16 comentários:

Quizzer disse...

Sim, mas Ron Paul não é o único a defender estes princípios; nem sequer, a meu ver, quem os defende de forma mais eficaz e coerente.

Caro Diogo Almeida,

Em caixas de comentários aí para baixo, encontrará um pedido meu a vários dos seus colegas de blog sobre a questão que, segundo Ron Paul, e´a mais importante destas eleições.

Perdoe-me o abuso, mas gostaria de conhecer a sua opinião sobre o assunto.

CN disse...

quizzer

Ron Paul dedicou a sua vida àquilo que defende e é isso que lhe está a dar reconhecimento. Nenhum dos candidatos lhe fica perto e todos eles têm alguns podres e deixas infelizes (sejam quais forem as de ROn Paul, se é que as há, e se as houver será mesmo com um microscópio).

Quanto ao mais importante desta eleição.

Tentei ver as suas referências/links e não consegui.

Pode colocá-las aqui outa vez?

CN disse...

"coerente"

Hmm Isso deve ser mesmo a qualidade mais visivel dos outros.

CN disse...

"coerente"

Isso é mesmo aquilo que ninguém reconhece em Ron Paul.

Quizzer disse...

CN,

A que referências/links se refere?

Quanto aos "outros", pretendia, neste blog, discutir o pensamentos e as acções de Ron Paul e confrontar os escribas deste blog com os ditos. Mas, sendo recorrente o seu uso desse argumento, se quiser discutir outros, tudo bem. Qual?

Quizzer disse...

Mas queira o CN reparar que eu pretendo discutir o assunto que foi o grande tema de debate político durante este ano nos EUA e que o próprio Ron Paul sentenciou como decisivo para as presidenciais. E não pretendo fazê-lo com teorizações abstractas mas sim descendo ao terreno do concreto: quais as razões da posição do congressista quanto a uma iniciativa legislativa em concreto e se os colaboradores deste blog concordam com a sua (dele) posição. Parece-me explícito e eficaz.

Acho isto mais interessante, útil e consequente: de citações avulsas, grandiloquentes e romantizadas sobre Ron Paul não tivemos já todos a nossa dose?

CN disse...

quizzer

1.Repare que põe em causa a coerência de RP com se isso fosse a sua marca.

2. Quanto à sua eficácia: parece-me mesmo muito elevada. Hojem emdia qq social-democrata de esquerda ou direita apelando à demagocia da regulação e redistribuição (p/não falar em histerismo securitário) tera sempre muitas mais hipóteses.

Tendo em conta a "plataforma" (digamos assim), a eficácia parece ser elevadíssima.

3. Quanto às posições quanto à defesa da fronteira e imigração. Ele tem-no feito várias vezes.

Faça-me perceber o que é que acha que está de errado em, na opinião de ROn Paul, não querer pactuar com amnestias.

CN disse...

Já agora:

Também usa essa lupa microscópica analitica sobre os outros candidatos?

Quizzer disse...

1. Em parte tem razão. Até ao momento, a única razão que apresentei para isso foi este caso da imigração. Terei de ser mais cuidadoso Não a tem totalmente: eu apenas digo que há candidatos que defendem esses princípios de forma mais eficaz e coerente. Concordaremos que isto está muito distante de "pôr em causa a coerência de RP como se fosse a sua marca". Já agora, para mim a coerência está longe de ser um valor absoluto - bem pelo contrário. Apenas os ideológos primam pela coerência absoluta. Mas também concordaremos que o é para muitos que apoiam Ron Paul.

2. O que eu pretendia dizer é que as políticas que Ron Paul defende não são eficazes - ou melhor, são expostas de uma forma primária, que resulta muitíssimo bem no domínio da propaganda mas é completamente desligada da realidade. Um exemplo simples: a descida de impostos. O congressista diz coisas muito parecidas às da entourage de Reagan em 80. Viu-se no que (não) resultou. Os mecanismos políticos, formais e informais, dos EUA são bem mais complexos do que poderia intuir alguém que apenas conhecesse as posições do congressista.

3. Pela enésima vez: eu pretendo falar da posição do congressista quanto a uma peça legislativa em concreto. Quais foram as razões para ele votar contra ela?

"Também usa essa lupa microscópica analitica sobre os outros candidatos?"

Não é uma lupa microscópica. Conheço bem o congressista, há muitos anos, e desde meados dos anos 80 que estou mais ou menos familiarizado com o seu pensamento e a sua acção. Desculpe-me a pergunta, mas porque fala constantemente dos outros candidatos? De qualquer maneira, há candidatos que conheço melhor que Ron Paul, com certeza.

Quizzer disse...

Já agora, deixei-lhe uma pergunta no post com uma citação do Ike.

Quizzer disse...

Caro CN,

Julgo que percebi melhor a da "lupa microscópica". Já o expliquei noutro comentário - não pretendo discutir tiradas e abstracções (esfera na qual, de resto, estou frequentemente de acordo com o congressista), mas a realidade tal como ela é.

Não é utilizar uma "lupa microscópica" querer discutir o mais importante acto legislativo e a mais influente e acessa discussão política que aconteceu durante este ano nos EUA.

Posso simplificar ainda mais: em Junho deste ano, quantos dos colaboradores deste blog teriam votado o CIRA no mesmo sentido que o congressista e porquê?

CN disse...

CIRA

1. Importa-se por favor de enunciar as ideias fundamentais dela, no sentido em que acha poder afirmar que ROn Paul devia votar a favor dela (isto é, dentro do seu próprio "paradigma"?)

2. Desde sempre, pode comprovar em 4 anos de blogue na "causa liberal" que defendo que a imigração livre só pode existir por imposiçao do Estado.

Acordando que as comunidades residenciais devem poder regular a imigração, embora já se saiba que depis o Estado cahma essa função para si de forma centralizada, a alternativa disponivel é que a imigração não seja infinitamente livre impondo-se limites/etc.

3. Se assim é, não podemos passar a vida a fazer amnistias e criar o incentivo ao nao cumprimento desses limites. Isso não é nada de direita.

Quizzer disse...

Caro CN,

Eu não afirmo que o congressista devia votar a favor ou contra seja o for. São os colaboradores deste blog que se afirmam apoiantes do congressista. É deles que eu pretendo saber se concordam ou não com a posição do congressista. Não é questão de somenos - segundo o próprio Ron Paul é a mais decisiva das questões nestas eleições.

Continuo sem perceber de que amnistia está a falar. O congressista votou contra por considerar que o CIRA consistia numa amnistia e que criaria incentivos à imigração ilegal, é isso? 1. Qual amnistia? 2. Quanto aos incentivos, não está ao arrepio das conclusões a que chegamos com a sua analogia das uvas francesas? Ou seja, os imigrantes ilegais que estão nos EUA não emigraram durante a vigência da actual lei e não daquela que, segundo diz, consistiria num incentivo a que fossem?

* A minha opinião sobre o assunto é retratada, por exemplo, com este texto:

«The choice we face on immigration isn’t between the Senate bill and perfection; it’s between the Senate bill and the unacceptable status quo.

This is the most far-reaching and thoughtful reform of our immigration system in four decades and one that will significantly enhance American competitiveness. As with any political compromise, improvements can be made. But the basic framework is one that conservatives should support. Indeed, for conservatives who opposed last year’s immigration bill, this package represents a step forward.

The immigration system is in desperate need of repair. Any attempt to fix it must start with three givens: the need to regain control of our borders, the need to deal rationally with 12 million illegal immigrants already playing an integral role in our economy, and the need to restructure our immigration system so that we maintain our competitive strength in the global economy.

The Senate package addresses all three needs in a manner that advances conservative values.

It will make America safer and restore the rule of law. Indeed, it will make sure that the law is enforced first, before any other provisions of the legislation take effect. A key improvement over last year’s bill, the package is built around a set of enforcement benchmarks that must be met before a single guest worker is hired or illegal immigrant legalized.

The border enforcement triggers include over 500 miles of fencing and vehicle barriers plus more than double the number of Border Patrol agents, for a total of 20,000.

The critical trigger in the workplace is establishing a mandatory electronic employment verification system that will confirm that employees are who they say they are and are authorized to work in the U.S. Within a few years, not just new but existing employees will have to be verified. And penalties for employers who hire illegal workers will quadruple.

Second, the package deals realistically — sternly but pragmatically — with the illegal immigrants already here. These workers will have to come forward and acknowledge having broken the law. They will be required to pay a $1,000 fine and additional fees of up to $2,000 to pay for the local government services they and their families consume. Applicants will have to prove they are employed and pass a criminal background check. In order to renew their visas, they will be required to take an English and American civics test. And they will be ineligible for welfare, Social Security and food stamps.

Is this amnesty? We don’t think so. And surely it is in America’s interest to know these workers’ real names, vet their backgrounds and get them paying their full freight in taxes.

Eventually, once the current backlog of legal applicants is cleared, these newly registered workers will have an opportunity to earn citizenship. But this will take at least 13 years and another $4,000 fine. Heads of households will have to return to their home countries to apply.

Finally, the package will make America more competitive. Unlike the current system, which gives strong preference to extended family members, the bill bases future admissions on America’s national interests. The package will create two entirely new streams of foreign workers, one temporary, one permanent. The flexible temporary worker program will ensure that we meet our short-term labor needs, contributing to continued economic growth by filling jobs American workers are not filling. But it will indeed be temporary, with strong incentives for workers to go home at the end of their work stints. And permanent visas will be based on merit — the applicant’s skills, education, command of English and employment potential.

Border security, the rule of law, national interest, economic competitiveness — these are the conservative concerns at the heart of the agreement. Yet conservatism is also, as Ronald Reagan reminded us, about optimism and self-confidence — about an America sure enough of itself to be a big tent and a beacon.

The Senate framework will allow us to go on attracting immigrants and maintain the rule of law, too. The benefits of the bill far outweigh its shortcomings. We believe it offers the only realistic way forward, and urge conservatives — and all Americans — to embrace the promise it holds out.»

Quizzer disse...

p.s. - as suas constantes alusões ao que "é de direita", "é conservador", "é liberal", etc., deixam-me absolutamente diferente. Num espirito de poupança, poderá prescindir delas sem grande dano.

CN disse...

"p.s. - as suas constantes alusões ao que "é de direita", "é conservador", "é liberal", etc., deixam-me absolutamente diferente."


...desta vez só quis informá-lo sobre a minha opinião constante sobre a imigração.

CN disse...

ROn Paul acha que existe uma amnistia. E eu, neste caso, não tenho razões para andar a escarafunchar os pormenores legislativo para avaliar se Ron Paul precisa de óculos para ler a peça legislativa ou não.

Mas ainda assim, vou tentar, mesmo tendo em conta o pequeno espaço de vida pessoal que a Legião Estrangeira me confere.